Quem nunca recebeu um filhote em casa e não sabia o que fazer com ele? Exatamente, eu! Na minha casa podemos contar nos dedos os anos que ficamos sem nenhum animalzinho de estimação. Seja cachorro ou gato, eles sempre fizeram parte da minha vida.

O curioso é que mesmo assim essa é a primeira vez que eu tenho sob a minha responsabilidade um filhote. Minha última cadelinha que infelizmente faleceu no inicio do ano, estava com a gente a maios ou menos 15 anos, ela entrou na família quando eu tinha por volta de 10 e isso faz com que eu saiba muita coisa de cachorro, mas principalmente de cachorros idosos, o que definitivamente não é o caso da Hannah. Essa é a Hannah, minha filhote linda de vira-lata ou SRD (sem raça definida) como é mais comum  hoje em dia.



A Hannah chegou na família a exatos 11 dias e mudou completamente a nossa rotina. Como todo filhote, a Hannah é extremamente agitada, brincalhona e só sabe morder tudo. Mesmo com os brinquedos o mais interessante para Hannah é os nossos tênis, chinelos e as cobertas.

Os primeiros dias dela aqui com a gente foram conturbados, ela chegou com 41 dias e sentiu lógico, muita falta da mãe e das irmãs. Nos 3 primeiros dias ela não conseguiu quase dormir e nem a gente. A partir do quarto dia ela começou a ter noites melhores e assim progressivamente. Hoje ela já dorme a noite toda, sem choros.



Quando decidi adotá-la fui atrás de blogs, sites e livros para saber o que melhor eu poderia fazer para adaptá-la a nossa casa e quando ela chegou e começou a chorar pela mãe parece que sumiu todas aquelas informações. Deveria ter feito uma lista. É uma dica, se você for uma pessoa ansiosa e gostar de estar com tudo preparado para a chegada do seu filhote, faça uma lista.

As principais dicas que deram certo com a Hannah foram:

•  Colocar na caminha dela um urso de pelúcia, ela simplesmente ama o urso;
•  Colocar uma bolsa de água quente, para parecer o corpo da mãe;
•  Colocar música ou deixar um rádio ligado a noite ou quando não estiver ninguém em casa;
•  Manter o cão acompanhado;
•  Tempo e paciência, que são as principais dicas para receber e adaptar bem o seu filhote em uma casa estranha para ele.

Outra dica comum e que eu não tive oportunidade de testar foi levar um pano com o cheiro da mãe e da ninhada, o pano ajuda o filhote a não se sentir sozinho e abandonado.

Agora que a Hannah está mais acostumada a rotina da casa e a nós, estamos trabalhando com ela a questão do xixi. Uma nova etapa que me deixa roendo as unhas.



Criamos o blog pensando em um espaço para compartilhar experiências e aprender bastante sobre os nossos amados pets.

Ainda é difícil seguir os horários para as refeições, que estão variando de três a quatro por dia. Minha pequena é extremamente comilona! Entretanto acho que já veio para cá meia gordinha, estou lutando para regular isso.

Ela gosta de tocas e esconderijos. Não parece sentir muito frio, apesar de também gostar de panos e mantas.Se esconde nas estantes, embaixo delas e das camas. Gosta de cavar e fingir que faz suas tocas. Típico do terrier no geral.

É peluda e se suja a toa. Depois de beber água e de fazer xixi uso lenço umedecido para que se acostume e os pelos não fiquem encardidos e amarelados.

Meus pais estão hipnotizados pela Serena. Minha mãe tem toda paciência e amor com ela, e agora mesmo, enquanto escrevo está tentando ensiná-la a fazer xixi lá fora.

Meu pai brinca com ela, inclusive de latidinhos. Os primeiros latidos dela foram para ele. E falando em latidos como ela late! Não late sem parar ou coisa assim, mas late valente para os desafios, para o que a assusta. Late para o carro na garagem, sem chegar perto dele. Late quando brincamos de algo que a desafie. Serena já parece ser valente. Vamos ver se não é fase de filhote apenas.

Estamos nos acostumado com tudo, inclusive ela se acostumando conosco. Já parece gostar da casa, de ver televisão e ouvir rádio. Dorme longas sonecas e depois brinca, com  tudo sem parar. É um bebê que precisa de cuidado e atenção. Estamos tentando não deixá-la sozinha por nada por enquanto. Mesmo já tendo retirado tudo de perigo de poderíamos ter ao alcance dela.

Ela ainda não parece tão apegada a alguém em especial, apesar de sentir falta quando saímos. Já acostumou um pouco aos horários que o meu pai trabalha (os mesmos que volto a trabalhar na segunda-feira). Acorda, brinca com ele e já come sua primeira refeição do dia.

Ainda não sei como vai se comportar quando eu for trabalhar e ficar o dia todo fora de casa. Sei que eu vou querer saber notícias do que ela está fazendo o tempo todo.

Poderia escrever um texto gigantesco sobre ela, entretanto, não seria suficiente para expressar o misto de coisas boas que é ter a presença de um cão de novo em minha casa depois de dois anos e meio. Sim, há muito trabalho. Ainda não sei se ela vai aprender tudo o que quero ensinar, se vai se comportar, como será o seu temperamento. Mas sei que vai ser cada vez mais amada e fazer cada vez mais bem tê-la por perto. De tudo que não sei se vou conseguir ensiná-la ainda há tanto para que ela me ensine!